Tataraneta de Darwin refaz percurso do cientista no Brasil



O veleiro holandês Clipper Stad Amsterdam, que há quarenta e cinco dias começou a refazer o percurso traçado por Charles Darwin há 178 anos, aportou no Rio de Janeiro. Um grupo de biólogos, do qual faz parte a tataraneta do naturalista, Sarah Darwin, quer chamar a atenção para a importância da preservação da natureza.

"Se, muitos há anos atrás, Darwin descreveu a origem das espécies, hoje estamos preocupados com a preservação das espécies e o ambiente em que vivem", disse Johan van de Gronden, diretor da ONG WWF, um dos patrocinadores do projeto.

A viagem está sendo gravada e apresentada em 35 episódios em canal de tevê da Holanda e da Bélgica. Além da equipe de produção da série, cerca de 50 pesquisadores de várias partes do mundo, entre paleontólogos, biólogos e até mesmo teólogos, visitam o barco e tratam de temas que tenham a ver com os estudos de Darwin.

"A discussão entre a Teoria da Evolução e o Criacionismo é perda de tempo. O importante é preservar a partir de agora. A humanidade não tem o direito divino de destruir a natureza", defende Sarah.

O veleiro vai percorrer 12 países, com quatro paradas no Brasil, exatamente como Darwin fez - a diferença é que o naturalista viajou por cinco anos, o grupo fará o trajeto em sete meses. "Ele visitou vários lugares importantes, viu as formações rochosas de Cabo Verde, fósseis de animais gigantes na Argentina, as aves de Galápagos. Mas pode-se dizer que as passagens de Darwin pela Mata Atlântica foram as mais importantes. É uma floresta tão diversa. Em um hectare há mais espécies de árvores do que em toda Grã-Bretanha", compara.

No Brasil, as primeiras paradas da equipe foram em Fernando de Noronha e Salvador - onde foi preciso viajar mais três horas de carro para se chegar à floresta. No fim da semana, o veleiro parte para a Argentina.

(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/13)

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